Grandes empresas não deixam o investimento social acontecer no improviso. Isto é, por trás de cada repasse bem-sucedido, tem uma jornada bem pensada: começa com um bom planejamento (alinhado aos objetivos da empresa), passa por auditorias especializadas que trazem mais segurança, segue com uma distribuição inteligente dos recursos e termina com um acompanhamento atento do impacto gerado.
Neste artigo, reunimos as principais boas práticas que vêm sendo adotadas por líderes de mercado e que podem servir como inspiração (e referência) para a sua estratégia de investimento social.
Planejamento estratégico: onde tudo começa
A primeira boa prática adotada por empresas líderes é o planejamento estratégico do investimento social.
Isso significa definir causas prioritárias, mapear territórios com maior demanda e entender onde a empresa pode gerar valor. Portanto, tomar decisões estratégicas com base em dados públicos e indicadores sociais.
Além disso, empresas mais maduras utilizam ferramentas de inteligência territorial para identificar oportunidades com potencial de impacto. Esse planejamento evita dispersão e garante que os investimentos estejam alinhados às diretrizes de responsabilidade social corporativa e aos pilares ESG da companhia.
Auditoria e análise de risco: um filtro essencial
Outra boa prática é a análise de risco. Antes de aportar recursos, essas empresas realizam processos de auditoria de projetos sociais. Isso porque essa é uma abordagem especializada que combina o rigor de análises corporativas com particularidades do terceiro setor.
Essa etapa, também chamada de due diligence, é fundamental para mitigar riscos jurídicos e reputacionais, além de verificar se o projeto está em conformidade com as exigências legais, especialmente quando há uso de leis de incentivo fiscal.
Além de garantir segurança, essa prática aumenta a sinergia entre projeto e empresa, melhora a qualidade das entregas e otimiza o uso dos recursos disponíveis.
Aportes eficientes: menos sobre volume, mais sobre intencionalidade
Um erro comum entre empresas menos experientes é concentrar os aportes no fim do ano, em uma corrida contra o tempo. Já empresas líderes estruturam seu calendário de investimento de forma distribuída, com governança e intencionalidade.
Dessa forma, se garante mais tempo para acompanhamento técnico, fortalece o vínculo com os proponentes e permite ajustes ao longo do caminho.
Portanto, a gestão do investimento social, quando feita com clareza de objetivos e processos bem definidos, resulta em maior eficiência e impacto.
Acompanhamento: dados para embasar decisões e comunicações
Líderes de mercado já entenderam que acompanhar o impacto não é um luxo, mas, sim, uma necessidade.
Estar atento ao desempenho dos projetos permite decisões mais rápidas, correções de rota e relatórios mais robustos para stakeholders internos e externos. Isso pode ser feito por meio de plataformas de investimento social que oferecem um dashboard com visão completa do uso dos recursos de forma mais intuitiva e prática.
Logo, indicadores bem definidos, metas realistas e processos de coleta estruturados são elementos-chave para investimentos bem-sucedidos. Ou seja, permitem mais transparência, aprendizado contínuo e comprovação de valor social gerado.
5 aprendizados que empresas líderes podem te ensinar
Se inspirar em práticas de empresas líderes já é o pontapé inicial para você alavancar a governança dos investimentos sociais que realiza no seu dia a dia. Para te ajudar a fortalecer sua ação, separamos as principais lições de grandes empresas:
- Planeje com base em dados, entendendo onde sua empresa pode gerar mais valor.
- Audite com rigor, reduzindo riscos e garantindo segurança nos aportes.
- Distribua os aportes ao longo do ano, evitando decisões de última hora.
- Use tecnologia para acompanhar resultados, ganhando agilidade e eficiência.
- Acompanhe e comunique o impacto com clareza, fortalecendo sua reputação e engajando stakeholders.
Comece pela decisão de fazer melhor
As boas práticas no investimento social não são exclusividade de grandes empresas. Elas são o resultado de escolhas conscientes, consistentes e bem informadas. Ou seja, cada organização pode (e deve) construir sua própria jornada, considerando o contexto em que atua, seus compromissos ESG e o impacto que deseja gerar.
Observar o que líderes de mercado têm feito é um ótimo ponto de partida. Logo, o passo mais importante é adaptar essas práticas à sua realidade. Esse é o primeiro movimento em direção a uma gestão mais estratégica, transparente e transformadora do investimento social.